21.1.08

Sempre que te vejo sinto que me roubas pequenas partes de mim e da minha felicidade. Como um puzzle que nunca ficará completo sem uma peça que seja, por mais pequena e insignificante. E, mesmo sabendo que não tenho interesse nem beleza sem as peças que me roubas, continuo a ansiar por amanhã, por te ver outra vez. Porque ainda espero que um dia me montes. Para que eu brilhe outra vez. Para ti.

Gostava de ser uma folha de papel na secretária do teu escritório. Não, folha não. Pois não quero correr o risco de ser amachucada e atirada para o fundo do caixote do lixo, um poço tenebroso e escuro, um lugar que não conhece a felicidade de te ter.
Gostava de ser um livro na tua estante. Mas um livro já teria sido lido e olhá-lo-ias com desinteresse. Não, um livro também não. Sou eu que me afogo nas tuas palavras e não o contrário. És tu quem me enche de drama e romance.

Gostava de ser os lençois que te abraçam à noite e poder aconchegar-te nos meus braços, sussurrar-te palavras que te envolvam em Sonhos Cor-de-Rosa. Gostava de ser o teu amparo, o teu conforto, para quem voltas noite após noite. Gostava de poder perder-me por entre as tuas mãos e dizer-te que tudo vai correr bem quando acordas a meio da noite ofegante com pesadelos. Gostava de poder segurar as tuas lágrimas e limpá-las do teu rosto quando ninguém te vê chorar. Gostava de gravar o teu sorriso quando de manhazinha acordas feliz e pronto para um novo começo. Gostava que me chutasses quando te sufocasse mas que me puxasses de volta para ti quando te sentisses sozinho. Gostava de poder ouvir-te cantar baixinho quando não tens mais ninguém para ouvir. Gostava de olhar para ti inocente e subtilmente, admirando secretamente o teu 'tu' todo e toda a perfeição que suportas.
Gostava... gostava de ser o que não sou, o que nunca serei - aquilo de que precisas. E ao mesmo tempo gostava de me esquecer que tens algo para que voltar todas as noites, algo que é para ti o que queria ser eu. E gostava... precisava de me esquecer que gostava de sê-lo eu, gostava de me esquecer de ti. Gostava de esquecer os olhos que me roubaram o sorriso e o brilho. Gostava de esquecer os dedos que se entrelaçam nos meus de uma perfeição quase poética, como a trança nos cabelos loiros de uma menina de campo. Gostava de esquecer os lábios que um dia deixaram nos meus um sabor salgado a saudade e desespero.

"Can I just be something somewhere in
your room that you won't notice?"
'Kind Of Perfect' - Armor For Sleep

23.6.07

Tenho um namorado mesmo muito gay que gosta mais do Cláudio Ramos que de mim :/











Fantástico, não? :x

7.6.07

I picked you out of a crowd and talked to you. I said "I like your shoes", you said "Thanks, can I follow you?". So, it's up the stairs and out the aim of prying eyes. I poured some wine, I asked your name, you asked the time.
Now it's 2 o'clock, the club is closed, we're up the block, your hand on me pressing hard against your jeans, your tongue in my mouth trying to keep the words from coming out, you didn't care to know who else might have been you before.
I want a lover I don't have to love, I want a girl who's too sad to give a fuck. Where's the kid with the chemicals? I thought he said he'd meet me here but I'm not sure. I've got the money if you got the time, you said "It feels good", I said "I'll give it a try".
Then my mind went dark, we both forgot where your car was parked. "Let's just take the train. I'll meet up with the band in the morning". Bad actors with bad habits, some sad singers they just play tragic. And the phone's ringing and the band's leaving, let's just keep touching, et's just keep singing.
I want a lover I don't have to love, I want a boy who's so drunk he doesn't talk. Where's the kid with the chemicals? I got a hunger and I can't seem to get full. I need some meaning I can memorize, the kind I have always seems to slip my mind.
But you write such pretty words, but life's no storybook. Love's an excuse to get hurt and to hurt. Do you like to hurt? I do, then hurt me!

30.5.07

apeteceu-me actualizar então...


































actualizo!

27.5.07

Pânico

Parecem ferros, apertam o meu crânio, esforçam o pensamento a concentrar-se no som que vai ecoar assim que ele for esmagado. O pensamento foge e procura uma solução para este puro desespero, não encontra, mas continua a procurar...
Os olhos desviam-se rapidamente de forma louca, esperando um sinal de luz, mas apenas a escuridão prevalece.
As pernas encolhidas, encostadas ao peito, são rodeadas pelos braços que as apertam com tanta força que provocam uma inspiração ainda mais insegura.
Desesperando, crio várias hipóteses de como acabará tudo isto, e todas me levam a uma maior escuridão. A mente leva-me para lugares inimagináveis. Sons e toques inexistentes confundem o meu subconsciente.
Sinto um medo, um grito agudo e perturbador a brotar de mim. Agora está frio, ou calor, ou ausência de temperatura, loucura?
Quando aparentemente nada poderia piorar, algo me faz respirar com mais dificuldade. O ar, asfixia-me. Preto, escuro. Cheira a tempo, sabe a sangue...