Filas de pessoas. Hesitam, empurram, sufocam. Para onde quer que nos viremos há sempre alguém, fazem todo o espaço parecer minusculo. Marcham, empurram, caem, pisam e passam por cima.
Os chapéus pretos apertam os crânios e parecem ships onde são guardadas as informações de manipulação que os de cargos mais elevados lhes impingem. As gravatas asfixiam fazendo-os parecer enforcados inocentes das acusações do exterior. Os fatos da melhor marca para mostrarem o poder dominante. As pastas que guardam papéis escritos com coisas que só tornam a imaginação cada vez mais inexistente, apagam tudo o que é criativo. Marcas, taxas, propriedades, probablidades, acções, estatísticas, porcarias... Os sapatos que brilham constantemente, aos quais puxam o lustro todos os dias para dar a ilusão de que são mais altos, mais importantes. E o ar, arrogante, reprovador, resmungão. Sombras que por aí passeiam, cujo lema é a monotonia e a limitação.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
4 comments:
cheguei á conclusão que tu és eu
Duvido, eu já sou a outra, os textos anteriores eram da Angel, este é meu, Nabos...
Post a Comment