27.5.07

Pânico

Parecem ferros, apertam o meu crânio, esforçam o pensamento a concentrar-se no som que vai ecoar assim que ele for esmagado. O pensamento foge e procura uma solução para este puro desespero, não encontra, mas continua a procurar...
Os olhos desviam-se rapidamente de forma louca, esperando um sinal de luz, mas apenas a escuridão prevalece.
As pernas encolhidas, encostadas ao peito, são rodeadas pelos braços que as apertam com tanta força que provocam uma inspiração ainda mais insegura.
Desesperando, crio várias hipóteses de como acabará tudo isto, e todas me levam a uma maior escuridão. A mente leva-me para lugares inimagináveis. Sons e toques inexistentes confundem o meu subconsciente.
Sinto um medo, um grito agudo e perturbador a brotar de mim. Agora está frio, ou calor, ou ausência de temperatura, loucura?
Quando aparentemente nada poderia piorar, algo me faz respirar com mais dificuldade. O ar, asfixia-me. Preto, escuro. Cheira a tempo, sabe a sangue...

2 comments:

Fátima said...

e nessas alturas vou dormir :p
parvoice.

forte, mesmo forte

Anonymous said...

o.O


AH!